Sindicato dos Guardas Civis Municipais de Alagoas

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Sindguarda Alagoas

 

A segurança pública de Maceió é tema da audiência de hoje (10), na câmara de vereadores, que teve como objetivo debater a importância do assunto para os militares e a sociedade em geral. Na ocasião foram discutidas as condições de serviços de todas as instituições, e principalmente da guarda municipal a qual não tem condições de trabalhar por não possuir porte de arma.

O diretor do Sindicato dos Guardas Civis e Municipais de Alagoas (Sindguarda-AL), Charles Sanches, ressaltou a importância da guarnição ter sua própria segurança ao utilizar armamentos para combater a criminalidade em Maceió. “Nossa capital é a 4ª cidade mais violenta do Brasil, onde 80% das mortes são através de armas de fogo. Então, não temos como combater esse índice sem equipamentos adequados. A reação deve ser proporcional, pois conversar, usar apenas o cassetete, ou a arma de eletrochoque não surte resultados”, disse. Chales destacou ainda dois projetos existentes desde o dia 28 de agosto de 2015. O primeiro é referente aos fardamentos, onde cada um deve receber entre o mês de março de cada ano uma verba destinada a compra de novos uniformes. O outro sugere auxilio alimentação aos guardas municipais que estiverem trabalhando 12 ou 24 horas a receber uma quantia em dinheiro mensal destinada a sua alimentação durante o serviço. Proporcionando com isso, que o guarda tenha melhor qualidade de vida no trabalho, sem precisar tirar de seu próprio orçamento.

Outro ponto discutido pelo diretor foi a execução de concurso público, que há 17 anos não é realizado. “Hoje, o ostensivo conta com 770 guardas municipais, onde um pouco mais e 100 já pediram aposentadoria este ano, diminuindo o efetivo e com isso podendo ser extinguida, pois a quantidade que tem não supre a necessidade que Maceió exige. O ideal seria a realização do concurso para 1500 vagas. E se não houver concurso imediato, que se faça serviço voluntário remunerado, onde o guarda municipal em sua folga trabalhe uma carga horária e seja recompensado”, assegurou Charles.

Dentre os presentes na audiência estavam o Secretário Municipal de Segurança Pública, Coronel Ivon Berto, o Comandante do Policiamento da Capital, Tenente Coronel Neivaldo, o propositor da audiência Vereador Siderlane Mendonça (PEN), guardas municipais, além de alguns líderes comunitários, presidentes de associações militares e o Sindguarda, representado por quatro diretores.

Siderlane colocou que vai receber todos os projetos relacionados à guarda municipal e brigar por eles pra que consiga verba destinada à guarnição. Já o Vereador Eduardo Canuto (PSDB), ressaltou a proposta orçamentária discutida no ultimo quadrimestre, em incrementar o aumento da verba destinada à segurança pública municipal. Sugeriu também que o vereador Siderlane colocasse uma emenda para obter recursos para a guarnição, principalmente direcionada ao porte de armas letais, pra que seja feito o término do curso iniciado em 2009 para portar arma de fogo.

A ausência da maioria dos vereadores também foi notada, pois dos 21 só estavam presentes quatro, foram eles: Siderlane, o Presidente da Câmara Kelmman Vieira, o Llíder do Governo Eduardo Canuto e o Vereador Galba Neto. O sindicato lamentou também a ausência das autoridades da segurança pública estadual, Ministério Público e representantes da OAB, os quais foram convidados, mas não compareceram, mesmo se tratando de um assunto tão importante.