O segundo dia de paralisação dos servidores públicos de Maceió foi marcado por uma audiência pública na Câmara de Vereadores. Representantes de sindicatos usaram o púlpito para abordar a insatisfação dos trabalhadores com a proposta de 3% de reajuste salarial da prefeitura.
Carlos Pisca, presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de Alagoas (Sindguarda), cobrou mais empenho dos vereadores nas negociações salariais e ressaltou os problemas enfrentados pelos guardas municipais.
“A prefeitura apresentou seu relatório fiscal em uma publicação e a partir desses números mostrou que tem condições de dar um aumento significativo e repor o que o servidor perdeu ano passado. Os números apresentados pela Secretaria de Economia dizem que tem dinheiro, os números não mentem. Estou aqui representando a guarda municipal de Maceió, que está falida e quebrada. As viaturas estão sucateadas e a sede da guarda precisa de muitos ajustes. Os postos de serviços são inapropriados para os guardas. O secretário já foi informado várias vezes sobre a situação do posto de serviço no prédio da intendência, no Centro da cidade, mas até agora nada foi feito”, afirmou Carlos Pisca.
Durante a audiência, o vereador Eduardo Canuto (PSDB) sugeriu que os vereadores também tenham uma cadeira na mesa de negociação. Já Francisco Filho (PPL) disse que está à disposição dos sindicatos e falou que existe uma comissão de apoio aos servidores públicos municipais, a qual ele é o presidente.
Dudu Ronalsa (PSDB) e Francisco Sales (PPL) também demonstraram apoio à causa dos servidores e afirmaram que é preciso haver um diálogo constante entre os vereadores e os trabalhadores municipais. Silvio Camelo (PV) destacou que o servidor teve aumento nas despesas e nenhum ganho. Para ele, há grande possibilidade de no futuro todos esses servidores só ganharem salário mínimo, se continuar a desvalorização do servidor.
A prefeitura propôs o reajuste dividido em duas vezes: 2% em junho e 1% em outubro, sem o pagamento dos retroativos – a data-base é janeiro. Os trabalhadores pedem 15,41% de reajuste. Os servidores estão há um ano e seis meses sem reajuste salarial.
Ascom Sindguarda