A assembleia do Movimento Unificado dos Servidores Públicos de Maceió foi realizada nesta quinta-feira (27), no bairro do Jaraguá, e contou com a presença do Sindicato dos Guardas Civis Municipais de Alagoas (Sindguarda-AL). Ao lado de representantes de outras entidades sindicais, o ato deliberou sobre a pauta conjunta dos servidores: a reposição salarial.
Os servidores seguiram da Praça Dois Leões e parou em frente à sede da Prefeitura de Maceió. Com faixas, carro-de-som e palavras de ordem, os servidores protestaram pedindo pela reposição salarial. Os servidores acumulam perdas salariais que chegam a 25%.
De acordo com o presidente do Sindguarda, Carlos Pisca, o salário do servidor está estagnado há anos. “Não temos reajuste há muito tempo. O que estamos cobrando é um direito nosso. O prefeito JHC, ainda na campanha, pediu 100 dias para poder sentar e conversar com o servidor. Ele já está no quinto mês de mandato e nada mudou”.
Carlos Pisca integrou a comissão formada por representantes sindicais que esteve reunida, ao final do ato de hoje, com o secretário de Governo, Francisco Salles. Ele disse que o município vai consultar o Tribunal de Contas do Estado para avaliar se é possível conceder a reposição diante dos impedimentos impostos pela lei federal 173/2020, que veda despesas para o município.
Na reunião, ficou definido que haverá uma audiência, na sexta-feira (28), da comissão de negociação – formada por representantes da prefeitura e do Movimento Unificado -, com a presença das secretarias de Economia e de Gestão para discutir os números referentes às finanças do município.
Na segunda-feira (31), o Movimento Unificado vai se reunir para avaliar o resultado da audiência com a comissão de negociação. Caso não haja avanço e a Prefeitura de Maceió continue dizendo que dará reajuste zero, será promovido um dia de paralisação, na próxima quarta-feira (2), em frente à Secretaria Municipal de Economia.
Reajuste zero – Em reunião realizada com os representantes sindicais, no dia 18 de maio, os representantes do município informaram que a Prefeitura de Maceió não dispõe de caixa nem para repor a inflação. A proposta na mesa de negociações- por enquanto- é zero de reajuste.
A Prefeitura disse que o gasto com a folha de pagamento é de 55,58%, acima do recomendado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
O Movimento Sindical contratou uma consultoria independente, para avaliar a saúde financeira dos cofres de Maceió. A Massayó Contabilidade concluiu que, no primeiro bimestre deste ano, a capital registrou superávit orçamentário de R$ 126,3 milhões e um resultado primário de R$ 128,5 milhões.
O escritório contábil fez o levantamento das contas da prefeitura e encontrou que a prefeitura só tem o comprometimento de 37,73% com a folha de pagamento.